terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Hoje no Diário Online: Pai Natal despedido e preso no Algarve

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Imaginem que o Pai Natal vive em Portugal e que faz depender a sua actividade dos apoios sociais que o Estado lhe garante. Imaginem que este Pai Natal é despedido pelo Governo, em nome da crise que atravessamos e da necessidade de cortar na despesa. Imaginem que este é um Pai Natal que toda a vida trabalhou para ser lembrado e reconhecido apenas durante alguns dias do ano, mais propriamente, apenas numa das 365 noites que cumprem o ano civil. Imaginem que este ano não haverá Pai Natal.

É verdade que chega esta época e toda a gente se lembra da importância de sermos um pouquinho mais solidários, com quem precisa de ajuda todo o ano. Por todo o lado nascem dezenas de movimentos diferentes para angariar fundos, brinquedos e bens alimentares que possam suprir as carências de tantos que, segundo parece, só agora e depois de tantos anos de governo e presidência, parece envergonhar o nosso Chefe de Estado.

No passado Sábado de manhã (11 de Dezembro), percorreram pelas ruas de Loulé, vários cidadãos vestidos de Pai Natal, pedindo a atenção para o facto do Pai Natal estar preso e precisar de ajuda.

Imaginem um Pai Natal sem dinheiro para produzir e distribuir brinquedos. Imaginem que nesse momento a única emoção que lhe assiste é o desespero e o sentido da desgraça. Imaginem um Pai Natal que, para não deixar as crianças sem prendas, não vê outra saída senão assaltar uma loja de brinquedos. Imaginem que o Pai Natal, tal como todos devemos ser, também é responsabilizado pelos seus actos e é detido. Imaginem um Pai Natal arrependido e a pedir ajuda a todos os portugueses para serem eles o Pai Natal de cada família, de cada bairro, de cada instituição, de cada cidade.

Imaginem que todos podemos ajudar facilmente...

1. Neste Natal não compre todos os brinquedos. Desafie os seus filhos a trocar brinquedos antigos com os primos e amigos.

2. Reúna os brinquedos antigos e em melhor estado e ofereça um sorriso a crianças que são especiais por não terem uma família para o fazer. Sejamos os Tios e os Padrinhos de quem vive e tem as instituições sociais como pais.

3. Não gaste o dinheiro todo em prendas. Junte os amigos, vistam o fato de Pai Natal e levem um saco cheio de ajuda às organizações sociais que mais precisam de apoio. Roupa, alimentos, fraldas, equipamentos...

Por favor não deixem de visitar e partilhar o endereço deste projecto de solidariedade, onde se pretende difundir esta mensagem e informação sobre as necessidades das instituições sociais que mais precisam de apoio, agora e ao longo de todo o ano.

Mob em Loulé

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No passado Sábado (11 de Dezembro), percorreram a cidade de Loulé vários Pais Natais solidários com este projecto. A todos o nosso muito obrigado e que estas acções se repliquem muitas vezes e um pouco por todo o país. Mais fotos e vídeo no facebook.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Nota enviada à imprensa

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Pai Natal despedido e preso no Algarve

Teixeira dos Santos apresentou novos cortes sociais

Neste novo pacote de cortes na despesa, assinala-se aquele que mais surpreendeu a comunicação social presente. O Governo considerou que neste Natal o mais importante é promover uma cultura de poupança e de anti-consumo e, por isso, cortou o subsídio que financia a produção e distribuição de brinquedos do Pai Natal.”

Assim se deu a conhecer na internet um novo projecto de solidariedade social, desenvolvido por um grupo de jovens algarvios, que construíram a história d'um Pai Natal financiado pelo Estado e, posteriormente, despedido pelo Governo. Desgraçado, sem dinheiro e por isso impedido de manter a actividade, acaba por assaltar um loja com alguns brinquedos na montra. Criminoso por desespero, preso e arrependido, pede ajuda a todos os portugueses.

O projecto

André Fialho, Domingos Pereira e Pedro Fernandes são os promotores do Ajuda o Pai Natal, um projecto que visa “estimular a população para a necessidade de assistir as instituições sociais no trabalho que desenvolvem com crianças, porque as crianças representam o futuro e todas merecem o nosso carinho e respeito”.

Disseminado essencialmente através das redes sociais on-line, esta acção nasce como uma resposta à situação económica grave que vivemos, mas acima de tudo à ausência de atitude da sociedade perante a mesma. Domingos Pereira afirma que “o povo, pior que adormecido, está acomodado e aceita tudo o que acontece como o fatalismo de tudo o que tem de ser. Precisamos de mais cidadãos mobilizados para proteger a dignidade humana. As instituições sociais existem para nos ajudar. São elas que procuram responder aos problemas que nós, sociedade, temos deixado crescer sem querer resolver. Temos de retribuir.” André Fialho acrescenta que, “enquanto jovens algarvios, sentiram a necessidade de transformar um Algarve apático que só aparece no mapa numa estação do ano e a respeito das férias dos portugueses, numa região activa, capaz de fazer chegar a todo o Portugal uma mensagem de apelo à solidariedade e à cooperação para respondermos aos desafios que todos enfrentamos”.

Com este movimento, os três jovens pretendem promover a reutilização e troca de brinquedos de segunda mão, entre primos e amigos, entre famílias e crianças abrigadas em instituições sociais, mas também que mais pessoas valorizem a sua acção para responder a necessidades de vestuário, de equipamentos, de alimentação, entre outras sentidas pelas instituições sociais. Para atingirem estes objectivos o projecto depende também da colaboração das instituições visadas, uma vez que esperam facilitar o contacto entre estas e a população, disponibilizando nas plataformas de comunicação do Ajuda o Pai Natal, a informação que as instituições enviarem, nomeadamente sobre o que mais precisam neste Natal e ao longo do ano.

Pedro Fernandes diz que “a meta não está no final dos 100 metros e, que apesar de ficarem contentes por tudo o que conseguirem gerar de positivo até ao final deste ano, a maior meta está em conseguir alterar mentalidades e comportamentos, mesmo que tenham de correr uma maratona de meses ou anos para lá chegarem”.

Para o desenvolvimento deste projecto, o grupo tem colaborado com a NewLightPictures, uma equipa de cinema amador que tem contribuído, também de forma voluntária, para a produção dos materiais audiovisuais apresentados.

Sobre os promotores desta acção

André Fialho é gerente do Thai Beach Club em Vilamoura e está no último ano do curso Gestão de Animação Turística, ministrado na Universidade do Algarve. Domingos Pereira é Formador liberal, fundador e responsável pelos projectos Worklovers e a Melhor Equipa de Formadores do Mundo, licenciado em Comunicação Organizacional pelo Politécnico de Coimbra e mestre em Marketing pela Universidade Católica do Porto. Pedro Fernandes é Treinador de trampolins e desportos acrobáticos da Associação de Pais e Amigos da Ginástica de Loulé, Gerente do Campvs Bar em Loulé, licenciado em Educação Física pelo INUAF e frequenta o primeiro ano de Marketing na Universidade do Algarve.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Como surge a ideia para o projecto?

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Para explicar como nasce a ideia é importante situar o contexto em que a mesma surge. Vivemos uma situação económica grave, mas acima de tudo uma grande crise de valores. O povo, pior que adormecido, está acomodado e aceita tudo o que “acontece” como o fatalismo de tudo o que “tem de ser”. Em tempos difíceis quem mais precisa de ajuda é quem já mais precisava, nomeadamente as instituições de solidariedade. Por outro lado, temos um Algarve apático e que urge colocar no mapa noutras estações do ano e a respeito de outros assuntos que não as férias.

A partir daqui entendemos que o Natal é uma época especial e a mais oportuna para apelar ao coração dos portugueses e a uma mudança de comportamentos. Assim nasce um Pai Natal, que mesmo depois de perder o emprego, tudo faz para ter brinquedos para entregar às nossas crianças. E é através do seu desespero que procurámos fazer a nossa crítica política.

Mas não querendo em nenhum momento fomentar quaisquer actos de loucura como o protagonizado pelo nosso Pai Natal, não deixámos de dizer à sociedade que todos somos responsáveis pelo comportamento que adoptamos e que tudo o que fazemos ou deixamos de fazer tem as suas consequências (crítica social – uns mais que outros, mas todos temos alguma culpa da crise que vivemos). E assim prendemos o Pai Natal, que faz agora depender de todos, o fomento das boas práticas.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Vamos todos partilhar a nossa ajuda!

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Imaginem a quantidade de sorrisos que podemos gerar com gestos tão simples, como oferecer um brinquedo, um computador ou vestuário mais adequado a quem mais precisa. Imaginem o que essa felicidade pode construir no interior de cada criança desfavorecida e a influência que isso pode ter no seu futuro.

Vamos acompanhar, apoiar e partilhar este projecto. Enviem e-mails aos vossos amigos, escrevam no facebook e nos vossos blogs. Ajudem-nos a identificar as instituições que mais precisam de ajuda. Enviem-nos as vossas fotos para ilustrar este importante movimento de solidariedade. Vamos todos Ajudar o Pai Natal.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fazer Rir, Pensar e Agir

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A necessidade de nos mobilizarmos por uma causa social, já não é nada de novo. Recebemos, com frequência, convites para eventos de apoio e doação de bens financeiros e não financeiros, por e-mail, no facebook, na televisão... em todo o lado.

Infelizmente o mundo está sempre a precisar de ajuda. Em Portugal, o que sentimos é que estamos cada vez pior. Mais carenciados, mais dependentes, mais desgovernados. Como jovens esperançados na ideia de poder dar uma vida melhor às nossas futuras gerações, tínhamos de fazer algo. Mas diferente.

Precisávamos fazer rir, porque temos de levar a vida com mais ânimo (com tristezas e de toalha no chão é que não vamos a lado algum). Precisávamos fazer pensar sobre tudo que temos vindo a fazer para ter chegado a um período, que só parece ser cada vez mais complicado de ultrapassar. E claro, precisávamos fazer agir, porque temos muito por onde dar a volta e contribuir para a construção das soluções que nos são exigidas. Temos de ser mais amigos e mais humanos. As crianças lembram-nos tudo isto diariamente. E nós devemos-lhes a felicidade que elas dão.

Construímos um história. Um Pai Natal financiado pelo Estado. Despedido pelo Governo. Desgraçado, sem dinheiro e impedido de fazer o que sempre fez: dar prendas. Criminoso por desespero. Preso e arrependido, pede ajuda a todos os Portugueses.

Vamos ajudar as instituições sociais que estiveram sempre presentes para responder aos problemas que nós, sociedade, temos criado e sido insuficientes para resolver.

Vamos Ajudar o Pai Natal.